A SOLUÇÃO - Provisória
Estão certas.
Estou.
Claro que estou.
Mas porque estou?
Porque a realidade em que estamos não me agrada.
Existe uma diferença entre eu e a maioria das pessoas. Aos 63 anos, sem precisar me matar por dinheiro, eu tenho tempo para ver o que esta acontecendo, eu tenho tempo para meditar sobre a situação do mundo e das pessoas.
E não me agrada.
A realidade não me agrada.
E eu fico pensando como poderíamos mudar as coisas.
E os que estão neste mundo, realmente louco, me dizem:
“Fred é impossível”.
Você não pode querer mudar o mundo, você não vai fazer as grandes empresas Americanas e de outros países, a colocar equipamento para diminuir a poluição, você não vai poder impedir as empresas Americanas de tentarem colocar na presidência dos USA um homem que não se importa com as pessoas, que leva a morte ao mundo para que elas possam ganhar dinheiro, ou vendendo armas ou roubando petróleo, porque o contexto em que o povo está, neste regime louco do Amway, não consegue nem pensar, a não ser em ganhar dinheiro e ser famoso!”
E, sabiamente, lançam a grande verdade final, dizendo:
“Nem Jesus conseguiu!”.
Bem, eu não sei se eles tem razão.
Acho que não.
Apesar de tudo, o homem tem evoluído, é verdade que muito mais tecnologicamente que socialmente,
É lento, mas está evoluindo.
E a única maneira de evoluir é pensando, refletindo, se afastando um pouco do dinheiro e das facilidades e prazeres que o dinheiro traz.
Porque a fartura, infelizmente, traz a falta de sensibilidade para o que causa o sofrimento humano, como a fome, o frio, a doença, porque elas estão distantes de quem tem dinheiro.
Se eu tivesse bastante dinheiro não estaria pensando nestas coisas, que acho que temos que pensar.
Porquê?
Porque para mim a solução seria simples: Bota o bandido na cadeia.
Bem, será que na realidade eu estou pensando em realmente resolver o problema, porque eu quero sair na rua despreocupado em ser assaltado ou assassinado?
Com certeza, também.
O Amway está causando uma miséria tão grande que eu digo para você:
Se nós não começarmos a nos importar com as pessoas, o roubo, as drogas, os seqüestros, a violência cada vez vai aumentar mais.
E eu fico pensando nestas coisas.
E me perguntam como resolver esta situação.
Eu tenho pensado.
Se temos que ajudar o próximo é óbvio que teremos que fazer algo por eles para que tenham uma vida melhor, para que tenham esperança de algo melhor na vida.
Quem vai para a marginalidade, já pensou, já analisou e viu que só a marginalidade vai dar a ele o que ele necessita. Ele não tem condição de ter o que o Amway exige dele para ser considerado uma pessoa de sucesso, pelos meios normais, isto é, estudo mais emprego.
Neste caso do menino que foi morto durante um roubo de carro, devido a tragicidade do acontecido, ele ficou preso no cinto de segurança do lado de fora do carro e arrastado por 7 quilômetros até morrer, o país ficou traumatizado.
Um fato relevante é que um dos ladrões era menor e levou algumas personalidades da república a se manifestarem.
O governador quer que as penas para menores sejam aumentadas, aliás grande parte da população quer isto, o Presidente Lula acha que não adianta , a presidente do STJ tem a mesma opinião.
Os ladrões eram de bairros pobres. Suas famílias sempre viveram com dificuldade.
Alguns falaram que ser pobre não implica em desonestidade.
É verdade.
Mas estamos conversando sobre seres humanos.
E o ser humano depende, ou melhor, tem que conviver num determinado meio social.
Você não pode comparar um pobre de uma cidade como o Rio de Janeiro com um pobre de algumas cidades do interior dos Estados.
São culturas diferentes.
Enquanto que no Rio de Janeiro o Amway se coloca de forma mais intensa, ou seja, a pessoa tem valor social se possuem dinheiro, em algumas cidades do interior onde o Amway não está ainda enraizado ou se expressa de uma forma menos intensa, por um motivo ou outro, a honestidade, o caráter da pessoa, é o maior valor social.
E aí as pessoas ao começarem a debater o assunto dizem:
“A pobreza não impede a honestidade.”
É verdade.
Em parte.
Depende do ambiente social em que vive.
Estamos falando do homem.
O homem tem instintos, naturais e artificiais, estes desenvolvidos pelo meio social em que vive.
Naturais são do tipo, reprodução, alimentação, etc.
Os artificiais são os inventados pela mente humana, que na realidade também servem no fim, para atender a algum instinto natural.
Um jovem do Rio de Janeiro está submetido a pressões terríveis.
A sociedade que adotou o Amway com todo o vigor, exige dele tênis Reebok, calça Levis, camisa LaCoste etc...
As pessoas olham a aparência das outras.
Musculatura, traje, carro, dinheiro para o chopp, para o embalo, etc...
O pobre não tem acesso a essas coisas, e são marginalizados.
E as pessoas sofrem com a marginalização.
Muitos querem resolver isso pelo roubo.
Alguns como Maluf e outros agem de colarinho branco, outros com um revolver Taurus calibre 38.
De Maluf até alguns tem pena.
Foi por pena de Maluf que o STJ soltou ele da prisão.
Não sou eu que estou dizendo.
Eu li o documento de análise do caso Maluf elaborado pelo STJ.
Os que agem com o Taurus são perseguidos e enjaulados.
Às vezes o que rouba com Taurus só rouba, como o Maluf, mas destes, ninguém tem pena.
Apesar de que o pior roubo é o do dinheiro do Estado, pois ele deveria amenizar a situação social criada pelo Amway.
E a sociedade que adotou o Amway esta cada vez mais violenta e insegura.
‘Sim, Fred e a solução, você fala, fala e nada de solução.’
A solução seria as pessoas se modificarem, passarem a ter amor ao próximo, entender que o Amway é um sistema nefasto, mas eu sei que isso é no momento uma tarefa muito difícil.
Já que não podemos mudar o sistema Amway vamos nos preocupar com seu efeito colateral.
Lógico, vamos ter que dar a eles alguma coisa para que eles melhorem de vida, para que possam ter esperança de algum dia conseguirem pelo meio: estudo mais trabalho, se satisfazerem na vida.
Isso vai custar alguma coisa para gente.
Dinheiro e tempo.
Não tem jeito.
Mas não é o governo que tem que fazer isto?
Seria, mas as pessoas que estão no governo estão sob o jugo do Amway, e muitas delas estão roubando que só.
O Maluf esta aí para provar, pelo menos é o que o ministério público fala, eu só estou dizendo aqui o que o ministério público diz que descobriu.
O Estado é incompetente para resolver este assunto, esta dominado..
E vemos aí como o Amway funciona mal para o Estado.
Então conhecido mais este efeito colateral do Amway, vemos que vamos ter que dar dinheiro e tempo para resolver esta situação.
A sociedade sabendo deste contexto ou por simples intuição, já começa a dar a alternativa, que neste momento me parece a única.
ONGs de apoio à população.
Pessoas que dão seu tempo e dinheiro, outras que só dão tempo, outras que dão só dinheiro.
Mas temos um problema, pessoas que fazem ONGs para ganhar dinheiro.
Eu já contribuí com muitas mas parei porque elas não são transparentes na questão financeira.
Eu conversei com alguns elementos destas ONGs e disse:
As pessoas estão se sacrificando e precisam saber onde esta sendo usado o dinheiro que elas dão.
As ONGs tem que ter transparência.
Você tem que ter um site na Internet onde o nome ou apelido ou senha da pessoa ou entidade que colaborou com dinheiro entre na página de aporte financeiro da ONG, assim eu vou poder saber que o dinheiro que eu dei foi contabilizado e não foi parar no bolso de alguém. Esta página deve conter o total recebido em cada mês.
Tem que ter outra página com tudo discriminado do que foi gasto, com nome de tudo, como por exemplo funcionários, fornecedores, etc... durante o mês e ter o total pago no final.
Uma terceira página com o balanço de cada mês. O que entrou o que saiu e o saldo das contas bancárias, tudo mês a mês.
Ou seja, a ONG tem que disponibilizar na Internet sua movimentação financeira.
De um modo claro e preciso.
Tem que ter os planos sendo implementados e os a serem implementados a curto prazo e médio prazo.
A pessoa que colaboram com a ONG tem que saber de tudo sobre a ONG sem perder muito tempo ou sair de casa..
As pessoas que colaboram com as ONGs na realidade fazem um sacrifício para a melhora da sociedade e tem que ser respeitadas por isso.
Para melhorar a nossa sociedade, temos que dar dinheiro ás famílias que não o possuem para comer. Se alguém não consegue comer não adianta ensinar uma profissão, ou dar estudo. Ela não vai conseguir aproveitar.
Isto seria o que se chama distribuição de renda para o mínimo. O que o Fome Zero tenta fazer.
Mas como todo mundo sabe, essa medida é necessária mas não suficiente.
É necessário ensinar a pescar, ou ganhar o pão.
A ONG tem que fornecer ensino profissionalizante.
Pedreiro, Carpinteiro, Armador (de aço para obras civis), Encanadores, Mecânico de refrigeração, Costura, Camareiro, Garçom, Frentista, Motorista de auto e de moto, Mecânico de utensílios eletro domésticos, Trabalhos de Super Mercado, Artesanatos etc... são conhecimentos que podem ser adquiridos com quase nenhum conhecimento de Português e de Matemática.
São essencialmente de habilidade manual e conhecimento de montagem ou desmontagem de equipamentos.
Pode fornecer ensino sobre doenças, higiene, música etc...
Acho que é um primeiro passo para melhorar a sociedade.
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