De John Nash, Teoria dos Jogos, minhas preocupações sociais e do jogo de damas do MSN

Quando eu assisti ao filme sobre a vida de John Nash, num determinado momento, eu tive um choque. Algo que me deixou maravilhado. Eu percebi que na realidade aquilo que eu vi e escutei me pareceu uma nova dimensão para o homem. Algo que transcende às nossas simples capacidades mentais.

Para quem não conhece, John Nash foi um gênio matemático.

Ganhou o prêmio Nobel em 1994 com um trabalho baseado nesta elocubração divina, acontecida 45 anos antes, ou seja, em 1949 a ele ocorreu um pensamento que eu considero transcendental.

O engraçado é que todas as coisas maravilhosas ou conselhos divinos são tão simples...

Não matarás, não roubarás, não cobiçarás a mulher do próximo,...

Nash estava num bar com 3 amigos quando entraram 5 mulheres uma delas maravilhosa. Os amigos confabularam entre si e iam partir para o ataque quando Nash raciocinou: se todos partissem para conquistar a boazuda, poderia ocorrer várias situações:

- 1 se dar bem e os outros não iam conseguir conquistá-la
- As outras 4 iam ficar orgulhosas e não iam ligar para os perdedores.
- A boazuda não ia dar bola para ninguém e as demais irritadas também não e todos iam perder.

Aliás, até hoje eu não sei se a boazuda existia mesmo ou se foi apenas uma visão, das muitas que ele tinha, por ser esquizofrênico. Se alguém quiser me esclarecer...

A análise acima levou Nash a desenvolver um trabalho que contribui muito para a Teoria dos Jogos e que 45 anos depois daria a ele o Prêmio Nobel de Matemática.

Essa teoria se aplica não só a jogos, se aplica a guerra, a vida, a biologia, a sociedade, etc...

A Teoria dos jogos se aplica perfeitamente à sociedade:

- Um jogador só pode ganhar se o outro perder - Jogos soma zero
- Todas as jogadas são conhecidas por todos os participantes – xadrez, damas etc...- Jogos de informação perfeita.

E por aí vai.

Aí precisamos falar do atual estágio humano.

É competitivo.

Para o mal do próximo.

A natureza humana atual se dignifica com a vitória. Um povo se dignifica com uma guerra vencida, um jogo de futebol vencido, uma concorrência vencida.

Porque gostamos tanto de ganhar? O que você ganha quando vence um jogo de damas, ou xadrez ou banco imobiliário? Eu pergunto fisicamente?

Na realidade nada. Mas o adversário perde.

Você fica numa posição superior, é o tal, o outro fica arrasado.

O homem gosta desta situação. Ser superior e ver o outro arrasado, ser o vencedor.

É a competição animal.

Ele perde, mas volta a jogar para ver se consegue encontrar uma situação em que ele fica superior.

Ranço arraigado da nossa origem animal.

E o homem tem se destruído, neste jogo louco.

Em todos os sentidos e em todos os gradientes da vida. No trabalho, em casa, na rua, nos estádios, etc...

Pequeneza humana.

Passo torto da humanidade.

O capitalismo praticado selvagemente.

Mas, ... uma alegria. Entro no MSN e vejo uma nova modalidade de jogo de damas. Quem perder é o vencedor.

É.

Você joga para perder.Quem perder ganha!

Rapaz!

Lembro-me de Nash, me lembro do povo da favela, das crianças com fome, dos mendigos na rua, dos meninos saindo da escola e sem emprego.

E sugiro a vocês um novo jogo. Quem ajudar mais o outro é o vencedor. É um jogo ideal. Pois também tem objetivo. Um objetivo á altura do adjetivo humano.

Mais perto de Deus, mais longe dos animais.

É por isso que eu digo que o capitalismo vai acabar.

Vem aí o novo jogo!

(Qualquer hora continuo.)

Beijos, abraços.