sexta-feira, maio 26, 2006

Novo Jogo

Quando eu falo em novo jogo, um jogo diferente do capitalismo, muitas pessoas acham que seria um novo regime, dentro da classificação:

Regime capitalista
Regime comunista
Regime socialista
Etc...

Não é necessário um novo sistema para mudar o mundo, para trazer paz ao mundo, para que nós Homens comecemos a ser, a grande glória do Universo.

É ..... porque......... por enquanto ..... o Homem é a grande desgraça do Universo.

Enquanto houver fome, enquanto o Homem matar a si e a outras espécies, destroçar o meio ambiente na Terra, nós continuaremos a ser o lixo do Universo.

Aquela brincadeira com o jogo de damas do MSN, na realidade, não é uma brincadeira, é a mais cabal prova da capacidade do que o Homem tem.

A capacidade em estabelecer o que é bom e o que é ruim para cada indivíduo.

Muitas vezes o que é bom para um não é para o outro.

O jogo do MSN que eu falo, para os que não acompanham as bobagens que eu escrevo, é o chamado Suicide Game.

Ganha o jogo quem, conseguir perder.

É totalmente diferente do normal, que, quem ganha o jogo, é quem consegue ganhar.

É o mesmo jogo, você mexe as peças do mesmo modo, faz dama, etc só que você tem que fazer força para perder, não para ganhar, porque é perdendo que você ganha.

O que é bom e o que é ruim é algo muito relativo, muitas vezes o que é bom numa época, em outra passa a ser encarada como ridícula..

Se as pessoas que adotam a religião muçulmana acham que usar o véu ou uma roupa de determinada forma, escondendo o corpo, é porque dentro do contexto deles, é isso que vai ajudá-los a ter uma vida boa.

Isto é, para eles, o procedimento acertado.

As pessoas usam um biquíni sumário nas praias de Ipanema, é porque dentro do contexto deles, é isso que vai ajudá-los a ter uma vida boa.

Isto é, para eles, o procedimento acertado.

Então temos uma diversidade oposta de procedimentos, o que é certo para um é errado para o outro.

Nessa realidade o pior erro é querer determinar quem está errado nesta situação.

Porque ambas são situações subjetivas, convenções adotadas, ou em linguagem moderna, virtual.

É querer estabelecer qual versão do jogo de damas do MSN é a correta.

Quando eu descobri este jogo eu me dei conta da grandeza da mente humana. Como ela pode manipular os sentimentos das pessoas.

Enquanto no jogo normal você se satisfaz com a vitória, no novo jogo você se satisfaz com a derrota.

Enquanto um quer andar coberto o outro quer andar pelado.

Para mim esta capacidade do cérebro é maravilhosa, porque daí, nós vemos que tudo são convenções.

Que na realidade o homem é aprisionado dentro de suas convenções, e muitas vezes, devorado por elas.

E quando são devorados por elas?

Quando as suas convenções trazem sentimentos ruins aos outros, ou interfere nas convenções dos outros.

Ora, qual a solução para o gerenciamento do conflito de convensões estabelecidos por cada um.

O entendimento tem de ser feito dentro de uma convenção maior, a primeira das convenções.

Amar o próximo, como você ama a si próprio, porque na realidade, nós somos iguais na essência. O que nos difere são as nossas convenções.

Como o Nash já tinha afirmado, algo só é bom quando atende a todos os envolvidos.

Aliás já ouvimos essa conclusão de outros, não sou eu que estou dizendo, eu apenas, graças a um jogo vislumbrei este fato, eu consegui ter o entendimento desta máxima, que muitos já conseguiram entender.

Nesse ponto de vista não interessa o regime.

Se o regime vier de encontro a todos, ou seja atender as necessidades de todos, ele será um bom regime.

O regime depende de quem o está aplicando.

Por isso o regime comunista não deu certo. O regime comunista em essência visaria o homem, enquanto o capitalismo visa à obtenção do dinheiro e daquilo que ele pode trazer independente do que está acontecendo com o outro de quem você esta pegando o dinheiro, é menos humanitário.

Então porque o comunismo deu errado?

Porque o homem não está pronto para amar o próximo. Ele não evoluiu o suficiente.

O capitalismo está mais intrinsecamente ligado ao atual estágio de evolução humana, ainda muito instintiva, e diria até, irracional.

Estou chamando o homem de primitivo, irracional?

Estou.


Aplicar selvagemente o capitalismo, é esquecer o próximo, e ao esquecer o próximo, ele vai reagir.

E aí, é de onde vem a violência.

É o instinto da igualdade.

O homem acha que ele é igual aos outros, tem o mesmo direito dos outros. Se um pode ter ele também pode.

Não adianta ter convenções (leis) que impeçam isso.

Um caso que eu gosto de citar é o roubo de tênis de nossos filhos, por meninos que não conseguem ter um igual.

A propaganda nos incute convenções.

É Nike, o tênis do Ronaldinho, para você ter algo em comum com Ronaldinho seu ídolo, você tem que ter o tênis Nike

A propaganda gera convenções que a sociedade acaba aceitando, o problema é que elas são aceitas por pobres e ricos.

Como o pobre não pode comprar, ele usa a violência e rouba o tênis do seu filho.

É o instinto da igualdade.

O maior problema é que não basta usar o tênis para ser como o Ronaldinho.

É uma convenção falsa, sem ética. O fabricante dá ao seu produto uma qualidade que ele não tem.

Mas que todos aceitam. Ricos e pobres.

Passa a ter, mesmo sendo virtual.

A imagem de Ronaldinho foi comprada a peso de ouro para dar ao tênis uma qualidade que ele não tem.

O tênis é feito de pano e borracha, tem boa qualidade, mas não transforma ninguém em Ronaldinho.

É caro, caríssimo, uma pequena parcela da população pode comprar.

Se o fabricante amasse o próximo, ele ficaria sensibilizado pelo mais pobre, ele não estabeleceria convenções que pudessem sensibilizar tanto uma criança pobre que a levasse a cometer o roubo, ou não cobraria tanto pelo tênis.

Alguns chamam esta situação de ética na propaganda.

Eu chamo isso de falta de cuidado nas atitudes. Falta de amor ao próximo.

Muitos se deparam com casos parecidos a este.

Não é preciso mudar o regime, o jogo sim.

Vamos jogar o regime capitalista tendo em vista amar o próximo.

Basta isso.

Não é preciso leis, nem nada mais, a única coisa que precisamos é nos conscientizarmos que temos de jogar de outra maneira.

Se leis resolvessem, o Brasil seria maravilhoso, pois tem lei para tudo.

Só que como as pessoas dizem aqui no Brasil, a lei não pega.

Não adianta lei.

A preocupação hoje em dia, não é seguir a lei, é encontrar uma forma de não cumpri-la , de preferência até de uma maneira legal, o que muitas vezes é possível tamanha a quantidade de leis.


Nós temos que nos ir conscientizando que podemos estabelecer novas convenções para o jogo, tendo sempre em vista, amar o próximo.

Ninguém precisa de leis para isso, basta você se conscientizar disto, todos se conscientizarem disto. Por isso eu sempre falo que tudo depende de nós.


Basta este cuidado.

Seria um novo estágio de evolução humana, um novo passo na evolução humana, talvez o principal.

É isto que muitos tentaram nos dizer e que eu, graças ao MSN consegui ver.

COMUNICACÃO É: !!!!!

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