quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Como?

Alguns comentam a precariedade do comportamento humano.

O comportamento humano se afigura precário no ódio, na inveja, na falta do instinto coletivo, ou seja, na falta de solidariedade, na busca de prazeres extremos e situações de prazer associados à superioridade intelectual ou física (jogos) ou financeira,etc.

Porquê precário?

Precário porque causam mais problemas que prazeres.

Como poderíamos configurar uma sociedade feliz?

Falta de fome, saúde boa, comportamento interelacional afável, comportamento solidário, sem medos, etc.

Qual o tipo de vizinho que você tem?

Um indivíduo que possui no terreno dele uma enorme árvore que enche seu jardim de folhas?

Uma pessoa que tem um filho insuportável que risca o carro dos outros, briga com todos?

Que escuta a música extremamente alta e você não pode estudar?

Que tranca seu carro colocando o dele bem atrás do seu?

Que é incapaz de esperar você no elevador quando você está a apenas 10 passos da porta?

Se imagine com estes vizinhos.

A primeira conclusão seria de que você está mal de vizinhos.

Mas qual o problema dessas pessoas?

Falta de solidariedade, falta do senso de comunidade, falta de respeito ás necessidades e bem estar dos outros.

Normalmente dizemos que são pessoas mal educadas.

E pensamos em educação neste caso como educação social, que o homem pretendeu resolver por intermédio de regras de comportamento ensinadas em casa ou na escola e mesmo por intermédio de leis uma vez que nem todo tem a mesma educação ou possibilidade de acesso a ela e aí tem que ter alguém para impor pela força o bem estar de todos.

Bem, então voltando ao primeiro parágrafo vamos lembrar do que estamos falando...
....precariedade do comportamento humano.

Imaginemos um ser humano que nasce e cresce sem escola, num ambiente ruim com falta de alimentação, com doenças, abandonado pelo pai, vendo a mãe se exasperar pela falta de capacidade de prover o sustento, a saúde e a própria integridade da família?

Qual o comportamento que você pode esperar dele?

Ele come com colher, segura a carne com a mão, a trinca nos dentes e puxa, para cortá-la, não lava as mãos, não se incomoda de andar sujo, e sua linguagem não é das melhores.

Qual o problema aí?

O meio em que ele se encontra, as condições de vida colocada ao alcance dele.

Agora imagine esse ser vendo televisão.

Garotos bonitos, com dinheiro, tomando café da manhã com brioche, croissant, laranjada bolo, geléia, queijo, saindo para a faculdade com um big carro, vestido com as melhores roupas, se encontrando na faculdade com lindas garotas, indo se preparar para receber na sala de aula os melhores ensinamentos para ter uma vida boa e abastada.

É um ser humano, sujeito ao ciúme, inveja, necessidade de dar e receber afeto.

Nós, em nossa vida, instintivamente, nos situamos na sociedade.

Damos uma olhada em volta e vemos as pessoas que estão por aí.

Na rua, na televisão, no cinema, e fazemos uma análise comparativa nossa em relação à sociedade.

E tomamos alguma atitude, como resolver estudar mais para se tornar mais apto e ter um emprego melhor, ou determinar que vai se esforçar para ter seu próprio negócio para melhorar de vida etc...

Ou não fazer nada. Você acha que a sua vida ta boa, de bom tamanho.

Mas a atual sociedade tem estímulos fortíssimos para você não ficar parado.

A propaganda.

Ela visa gerar em você o desejo.

Desejo de um tênis Nike, aquele do Ronaldinho, a sandália, aquela da Ivete, a da Graziela, a da Sandi a da Xuxa, as roupas que fazem você ser desejada pelo Gianekine, o carro que te proporciona incríveis aventuras como chegar nas alturas de uma montanha que não está nem no Brasil,etc.

A propaganda vai levando a você o desejo, o desejo que você sabe que muitas vezes é apenas virtual que na realidade não vai acontecer, porque você pode até comprar o carro mais não vai ter dinheiro para sair com ele nas férias para aquela montanha, aqui mesmo no Brasil.

Você vai ter que ficar restrito ao prazer de fazer inveja aos outros.

Eu tenho você não tem.

As indústrias precisam gerar em você o desejo de consumir.

Você é o alvo. Você é O CONSUMIDOR.

Para que elas possam continuar sobrevivendo.

Então nós seres, estamos num mundo complexo, um mundo que muitos não percebem que estão.

É. É verdade.

Hoje eu tenho esta visão ampla da nossa sociedade, mas não foi sempre assim.

Quando mais novo, eu apenas via um produto e queria comprá-lo, porquê eu achava que seria mais feliz com ele.

Eu não fazia todas as análises.

Eu sofria a influência do grupo de seres que eu freqüentava.

Comprar a sandália da Grazi, o carro esportivo, a roupa tal.

E a maioria das pessoas que são jovens agem assim.

E o sistema atua nas pessoas da forma certa, para que ele possa continuar sobrevivendo.

Qual sistema? O atual em que vivemos.

Trabalhar, trabalhar, trabalhar, consumir, consumir, consumir, consumir......

O famoso American way of Life – Amway.

E aquele ser jovem aí de cima, aquele que não tem comida ou roupa ou saúde num nível mínimo de bem estar?

Como você acha que ele se comporta?

Ele também faz as suas análises, dentro das condições que ele tem para fazê-lo.

Ele, como eu, quando era jovem, não está também tão preocupado em fazer muita análise.

A propaganda bate em cheio.

Vida boa, carro, roupa bonita, mulheres e homens bonitos.

Ele também quer.

Claro.

Ele e você são do mesmo barro.

A espécie é a mesma.

Mesmo número de cromossomos e outros indicadores que especificam direitinho a espécie que classificamos de humanos, cuja principal característica é se autoproclamar racional.

As demais espécies da natureza são classificadas de irracionais.

Bem vamos ao dicionário.

Humanos – ser que tem a capacidade de ser afável, ser clemente, ser bom, ter solidariedade....

Racional – que raciocina. Que faz uso da razão.

Razão – Faculdade do espírito que o homem reflete, compara, conhece, julga. Bom senso, prudência.

Qual é a saída deste jovem?

Procurar emprego, trabalhar, para consumir.

Sem instrução?

Sem roupa?

Sem compostura?

Sujo?

Estamos acostumados a dizer:

“A honestidade independe da pobreza”

E eu digo para você:

Na atual sociedade em que vivemos, é mais fácil o pobre ser honesto, que o rico.

Porque uma grande parte da sociedade é rica por ser desonesta.

“É pobre, vai trabalhar”

E eu pergunto, como?

“Vai trabalhar vagabundo!”

“Quem tem que cuidar deles é o Estado”

“Roubou, matou, cadeia neles”

Para os pobres não para os ricos digo eu. Veja Maluf, veja Lalau etc.

E para quem tem esta filosofia eu fico pensando se são humanos ou racionais.

E não sei porquê me lembro dos judeus.

Explorados, perseguidos, mortos, dispersados á força pelos quatro cantos do mundo, dizimados, exterminados, estão juntos de novo, fortes.

Para os que já querem me julgar digo também que os judeus dizimaram, praticaram genocídio, exterminaram outros povos.

Não é novidade, ta no Torah, na Bíblia, nos livros de história e nos jornais.

Mas porque eu me lembro deles?

Lembro-me dos judeus dentro do conceito de racionalizar.

“Faculdade do espírito que o homem reflete, compara, conhece, julga.”

Porque um povo que sofreu e cometeu tantas atrocidades está em pé, sobrevivendo com força?

Tantos povos foram exterminados.

Porque não os judeus?

Por uma de suas qualidades: ser solidário com seu próximo.

Um judeu ajuda seu próximo.

Eles se ajudam entre si.

Não tenho competência para dizer porque eles fazem isto.

Por instinto de sobrevivência, por racionalidade?

Não conheço o âmago da sociedade judaica. Não posso saber.

Mas, posso constatar.

Visualizando o Rio de Janeiro de cima nos maravilhamos.

Que paisagem, que mar, que montanhas.

Olhando mais de perto vemos prédios belíssimos a beira mar e perto das areias lindas.

A medida que vamos nos afastando das praias belas, residências mais modestas, subindo os morros, os casebres.

Visualizando este contexto retorno para o alto e vemos todo o contexto.

A paisagem continua linda, mas a miséria humana salta os olhos.

Quanta gente tão pobre e miserável para tão poucas ricas.

E vejo os ricos sitiados.

De um lado o mar, do outro a pobreza quase total.

Vejo então os ricos se sentindo ameaçados, sendo invadidos nas ruas de seus bairros pelos pobres desesperados, roubando, matando.

Alucinados pelas drogas e pela sociedade virtual.

A da propaganda, a sociedade que precisa desesperadamente do desejo de consumir para continuar latente, com vida.

E os privilegiados por esta sociedade, que se intitulam de alta sociedade, ou topo da pirâmide social, cada vez mais apavorados.

Sem saber o que fazer.

De um lado o Estado corrupto.

Do outro os miseráveis.

E racionalmente vejo.

A coisa cada dia fica pior.

E a sociedade como barata tonta. Não sabe o que fazer.

O que você acha que tem que ser feito?

Bem a moda é construir um muro.

Como os USA estão fazendo na fronteira do México, para impedir que os pobres compartilhem sua riqueza.

Como os judeus estão fazendo na Palestina.

Os ricos do Rio de Janeiro poderiam fazer um muro em sua volta, fechar os túneis e instalar barreiras de fiscalização.

Bem, mas os muros tem uma tendência danada a serem derrubados ou virar atração turística à medida que o ser humano vai evoluindo.

Muro de Berlim, muralha da China....

-“Você ta dizendo que os USA e os judeus são involuídos?”

Eu não.

Você é que ta supondo.

O que eu digo é que estão no caminho errado.

O que eu digo é que se alguma coisa ta mal é porque tem alguma coisa errada.

E precisamos consertá-la.

Como?

SOLIDARIEDADE.

Vamos aprender com o que a natureza nos dá.

O comportamento do povo judeu.

E vamos torcer para que os judeus expandam seu comportamento entre si para com os outros povos, da mesma forma que Jesus tentou fazer com a religião deles, que os americanos o façam entre si e os outros povos, e os ricos cariocas e brasileiros façam com nosso povo, porque somos todos irmãos, quando pouco, de espécie.

COMUNICACÃO É: !!!!!

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